Instagram, o aplicativo de 1 bilhão de dólares
Às vésperas da abertura de capital, o Facebook faz a maior aquisição da história das redes sociais. O escolhido foi o Instagram, aplicativo de fotos criado por um brasileiro
Mike Krieger, o brasileiro do Instagram: 100 milhões de dólares a mais na conta
São Paulo - A página do brasileiro Michel (Mike) Krieger no Facebook foi inundada com mensagens de parabéns no dia 9 de abril. O motivo não era o aniversário de Krieger, que completou 26 anos no início de março, mas, sim, uma notícia envolvendo o Instagram, popular aplicativo de fotos para smartphones criado em 2010 por ele e pelo americano Kevin Systrom, seu colega na Universidade Stanford.
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O Facebook, maior rede social do mundo, havia comprado o Instagram por 1 bilhão de dólares. Com a transação, o patrimônio de Systrom ganhou 400 milhões de dólares e o de Krieger, um paulistano que foi estudar nos Estados Unidos aos 17 anos, cresceu 100 milhões.
A notícia foi dada pelo próprio Mark Zuckerberg, fundador do Facebook: “Estou feliz de anunciar que entramos em acordo para adquirir o Instagram e seu talentoso time, que vai se juntar ao Facebook”. Entre os amigos empolgados que deixavam recados com “parabéns” e “inacreditável”, uma mensagem se destacava no mural de Krieger: “Mike começou uma amizade com Mark Zuckerberg”.
O que o criador do Facebook quer são os dois jovens empreendedores que criaram, num espaço de dois anos, um negócio que apresenta uma estrutura e números extraordinários. O Instagram tem apenas 13 funcionários, que ocupam um andar de um prédio comercial na cidade de São Francisco, na Califórnia.
Ele surgiu em outubro de 2010 como um aplicativo para o iPhone, smartphone da Apple. A grande ideia de Krieger e Systrom foi criar um programa que faz com que qualquer pessoa, tendo ou não noção de fotografia, consiga produzir um “ensaio artístico”. O aplicativo permite aplicar diferentes tipos de filtro a fotos tiradas no celular.
São eles que dão um visual retrô, mudam a temperatura das cores ou simulam diferentes níveis de exposição. O programa atraiu mais de 30 milhões de usuários em menos de dois anos e rendeu ao Instagram o título de “aplicativo do ano em 2011”, oferecido pela Apple.
O número deve dar outro salto nos próximos meses com a recém-lançada versão do Instagram para o sistema Android, que está presente em 60% dos smartphones vendidos atualmente. “O que explica o sucesso imediato do Instagram é sua simplicidade”, diz Melissa Parrish, analista da empresa de pesquisa Forrester.
De tempos em tempos, os blogs de tecnologia publicavam boatos sobre o interesse do Google, do Twitter e do próprio Facebook em comprar o Instagram. Essa disputa entre três grandes empresas de internet é uma das possíveis explicações para o 1 bilhão de dólares pago pelo Facebook, o dobro do valor de mercado estimado para o Instagram até o momento da compra.
Na tarde do dia 9, um comentário postado por um perfil de humor no Twitter fez sucesso: “Que burro este Zuckerberg. Pagou 1 bilhão de dólares num aplicativo que baixei de graça ontem no iPhone”. A piada remete a outra dúvida frequente em relação a empresas de sucesso na internet.
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